Desc: SOH10 a Ópera: Dirigido por Soh Alex Vermeulen. Com Justine Bakker, Lola van Breda Beausar, Minne Belger, Arjan Boot. A ópera começa no final. A mulher acaba de sofrer um acidente terrível, uma falha tanto no computador quanto no cérebro ao qual o computador está conectado. As duas primeiras partes conduzem-nos à reconstrução da sua história, à utilização do seu corpo, da sua fala, da sua memória e dos bancos de dados e do cérebro central do computador. Ela compartilha material genético orgânico com o computador enquanto o computador substitui partes de seu corpo por material cibernético. A relação não está clara para ambos. Onde a realidade existe é numa rede flutuante de múltiplas camadas de alucinações, memórias fragmentadas e a sua vida interior externalizada vista nos ecrãs dos computadores, o próprio filme. Ela está fisicamente presente, testemunhando e participando da história no palco, o computador, composto por telas, sons, ícones musicais e uma unidade central de vidro onde a mulher realiza seus rituais de reconstrução. A história se desenrola para ela e para nós simultaneamente na busca por entender o que causou o acidente e quais eventos levaram a ele. Na parte final chegamos ao início e à constatação de que ela deve repetir o experimento que causou o acidente original. No isolamento privado de seu laboratório, nós a observamos se aprofundar em suas explorações, sem saber onde estão as fronteiras entre ela e o computador, os dois agora estão intimamente envolvidos um no outro. Esta descoberta de uma nova consciência na combinação da vida interior humana e do computador deve ser levada até à sua conclusão final. À medida que ela e o computador transcendem os limites do corpo, da mente e da máquina, não são mais possíveis percebê-los, aqui a ópera desaparece. Produtor: Syndicaat / Kees Kasander Film Productions Diretor/editor: Alex Vermeulen Compositor: David Shea Intérprete: Kate Strong Roteiro: Alex Vermeulen Conceito e Textos: David Shea e Alex Vermeulen